![]() De repente, amanheceu! A noite anterior de insônia, chuva torrencial e ao acordar você é tomada sorrateiramente por palavras tão depreciativas que jamais imaginaria sair de uma pessoa religiosa. Ainda sem versos prontos, sem concatenar as ideias, começo a refletir... Um ovo dividido para muitos, quiçá uma carne de segunda uma vez por mês ... Um sóbrio olhar talvez furtivo... E eu ali, pensando, pensando... com minha pequena xícara de porcelana com café, esfriando, Tentando entender a pouca vida que resta dos anciãos. Os casarões não habitam arrotos, nem roedores, não habitam vida. É um silêncio que dói! Uma escuridão de alma, de espaço, de pensamentos coloridos... Sem fôlego, o foco muda de direção e entra na vaidade. A vaidade de ser, de perceber-se. A educação anda tão atormentada que anda se reprovando no Enem. E então, vejo o tempo mostrando que estão “denegrindo a imagem das palavras”, mudando seus significados. Bondade, perfeição, santidade... O bom virou vilão, o perverso virou “santo” e homofobia virou “brincadeira despretensiosa”. O “gado” não é mais animal, o “burro” virou humano, o “cego” não tem cegueira visual. O bom mesmo é fingir que não escuta as asneiras proferidas por quem pensa ser fenomenal. Os símbolos nacionais se tornaram pândegas. A nacionalidade virou tormento e a estátua da liberdade, virou leviandade no Brasil das desigualdades. Eliane Auer Eliane Auer (Moça Bonita)
Enviado por Eliane Auer (Moça Bonita) em 27/01/2020
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