![]() Na contramão
![]() Hoje, fechei os olhos e vi a menina Vestidinho comportado Olhos esperançosos Ia pela rua. Jamais imaginou que naquele lugar o lobo mau apareceria Chuva caindo, sombrinha na mão E inocência no coração. Pobre menina, se viu na contramão Tentou se esquivar do lobo. Não tinha olhos azuis Tinha beleza de uma criança Não tinha a palavra doutora antes do nome Tinha imagens de câmera, sem testemunhas... Pobre, sem campanha! Não fizeram vaquinha, nem conta pra depósitos De ajuda à família. Vejo uma mãe, Uma mãe, chorando! Não vi os defensores da justiça, se manifestando A mídia tão repetitiva e às vezes investigativa, Não vi se revelando. Sexo feminino, menina e mulher! A menina, a pobre menina, tem apenas o sofrimento da mãe! Porque justiça para pobre é inocente na cadeia e liberdade pra bandido. Pobre menina, teria sido estuprada, morta? Ainda não descobriram. Será que descobrirão? Ela não tinha carro, era uma criança pobre Ia buscar caixas de papelão para mudar. Mudou! Mudou para o estágio da mais profunda tristeza. Uma carona? Inocência roubada. Nessa menina, mulher, o tiro não pegou de imediato Não comoveu Arrancaram o corpo da família E o sossego dos familiares. E a investigação? Investigação tem que ser para todos , sem segregação. 05/11/2017 Eliane Auer (Moça Bonita)
Enviado por Eliane Auer (Moça Bonita) em 05/11/2017
Alterado em 05/11/2017 Comentários
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